Um canhão! Essa foi a definição que me veio à cabeça quando eu provei esse vinho. OK, eu já esperava algo bem potente antes mesmo de abrir, mas ainda assim me surpreendi.
Esse é produzido na Bulgária – que nem dá mais para falar aqui que é um país “pouco explorado”, pois graças à Winelands eu já pude provar diversos de lá e tenho gostado bastante do que chega para mim – e tem uma história bem legal. O vinhedo que dá origem ao Megalit está situado na base de uma monumental estrutura de pedras brutas (daí o nome “megálito”). As videiras de Merlot foram plantadas na década de 70 quando um enólogo austríaco estudou profundamente os solos da região e escolheu a área de Kolarovo como a melhor para a esta variedade.
Depois de pronto, passou ainda 18 meses em barricas e estamos em 2020 e bebendo a safra 2013, que parece que foi feita ano passado, de tão potente que é. Nem arriscaria chutar quantos anos ainda daria para guardar esse vinho, mas certamente é um que pode habitar a sua adega por um bom tempo, se você gostar de vinhos mais evoluídos. Ele certamente vai perder essa potência de acidez e os taninos vão ficar mais “macios”.
Do jeito que está hoje, é perfeito para uma comida forte também e intensa. Eu fiz uma carne na chapa (não dava para fazer um churrasco no dia) e usei um bom dry rub, aqueles temperos que dão um sabor especial à carne. Ficou bem legal, mesmo com o toque de pimenta que veio com a carne.
Se tivesse que resumir, diria que é um belíssimo canhão, em plena atividade e preparado para atirar!
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