Uma das particularidades mais interessantes no mundo do vinho é toda a história que vem atrelada à garrafa, acontecendo na grande maioria das vezes. Quando se fala de Bordeaux então, isso é bem comum. É família que perdeu tudo, família que comprou, mulher que assumiu os vinhedos, filhos que mudaram o estilo, e por aí vai. E quando fui pesquisar sobre esse vinho, o Haut Medoc de Giscours 2008, que eu provei recentemente, encontrei o seguinte:
“As primeiras referências à Château Giscours está por volta de 1330, em um documento que se refere a uma torre fortificada. Cocks e Feret, considerado o ” Bíblia de Bordeaux”, menciona que o vinho foi servido para Louis XIV, que disse ter apreciado muito.Teve muitos proprietários e por ter mudado de mãos por tantas vezes Giscours lentamente entrou em declínio. Este período chegou ao fim após a Segunda Guerra Mundial, quando o castelo foi comprado por Nicolas Tari. Em seguida, uma participação maioritária no SAE du Chateau Giscours foi adquirida por Eric Albada Jelgersma, e sua família. Eric Albada Jelgersma agora detém 99,9% das SAE du Chateau Giscours” (retirado do site da Vinos&Vinos).
Legal conhecer um pouco da história do Chateau. E parece realmente que os caras conseguiram reverter o negócio, pois o vinho é daqueles bem clássicos de Bordeaux (corte de 50% Cabernet Sauvignon e 50% Merlot), com bastante fruta intensa, toques de madeira e defumado bem suaves e um pouco de especiaria para completar.
É um vinho que está pronto para o consumo, mas certamente se for aberto e decantado por algumas horas, pode abrir mais ainda e ficar melhor. Para acompanhar, um bom prato à base de carnes bovinas com um bom tempero vai super bem.
Pela qualidade, tem um preço dentro do mercado. Abaixo de 200 reais.
Um abraço
Daniel Perches
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