Lembro bem de quando esse vinho foi lançado, numa ExpoVinis. Estive lá e provei e gostei bastante. Lembro também do stand da Casa Valduga, que estava todo decorado com o tema das músicas do Villa-Lobos, que empresta o nome ao vinho. A primeira safra foi 2005, uma safra forte, intensa e que prometia vida longa aos vinhos brasileiros.
Depois eu acho que não bebi mais desse vinho, mas recentemente provei o 2006 e foi legal para comparar (usando a minha memória, o que às vezes também não é das melhores). Meu amigo Alexandre Frias teve a paciência de comprar uma garrafa e guardar por alguns anos e pudemos beber esse vinho 8 anos depois de ser produzido.
Os Villa-Lobos são sempre feitos com Cabernet Sauvignon, do Vale dos Vinhedos. O 2006 estava com excelentes aromas, lembrando os mais evoluídos como café torrado, um pouco de baunilha, frutas vermelhas em geleia e até um pouco de bálsamo. Na boca é que ele não foi tão intenso quanto eu esperava, pois já estava um pouco sem acidez. Não sei se foi a safra que realmente não tinha toda essa força ou se o vinho realmente já estava em seu declínio, mas eu senti falta de um pouquinho mais de frescor no vinho, para ele ficar mais intenso na boca e dar aquela vontade de beber mais um gole.
Então se você tem um Villa-Lobos 2006 guardado em casa, eu sugeriria que você abrisse logo e bebesse. É melhor um vinho com pouca acidez agora do que um com nenhuma daqui a alguns anos.
Em 2014 a Casa Valduga está comercializando a safra 2008.
Um abraço
Daniel Perches
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