Encontrei esse vinho em uma loja de vinhos naturais em Paris e me interessei por ele por alguns motivos: a região (Gaillac) é pouco conhecida ou pelo menos pouco “bebida” por mim aqui no Brasil; a uva – Duras – é típica da região e eu só tinha provado um vinho com essa uva até hoje, mas em um corte (veja o post La Vigne Blanche). Não é fácil encontrar vinho feito 100% com a uva Duras, pelo menos por aqui; e por último, foi uma boa recomendação do dono da loja, que é um especialista em vinhos naturais.
Pela descrição do vendedor, eu já sabia que encontraria algo “interessante”, mas não sabia quanto e nem se o vinho estaria realmente dentro do meu gosto ou do que eu esperava. Bem, não demorou nem 3 meses para tirar ele da minha adega e abrir e a surpresa não poderia ser melhor. O vinho é fantástico! Com uma cor intensa, mostra que apesar de ser 2010, poderia ficar ainda muito mais tempo guardado. No nariz vem de cara aqueles aromas típicos de vinhos naturais, com toques mais herbáceos prevalecendo. Na boca tem muita acidez e uma presença muito forte de frutas negras do bosque, aquelas mais rústicas, sabe?
E aqui está mais um vinho que eu não sei o que recomendar para harmonizar, porque eu preferi beber ele sozinho e aproveitar os meus momentos “orgânicos, biodinâmicos e naturais, sem sulfitos”.
Se você achar que vale a pena conhecer algo realmente diferente, procure por esse vinho na França (porque aqui ainda não trazem e sinceramente acho difícil que venha). Depois me conte se gostou.
Um abraço
Daniel Perches
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