Como eu disse recentemente, no meu post do dia 1 de janeiro de 2014, o negócio é desapegar. Sabe aquele vinho que você tem guardado há algum tempo e que não sabe o dia certo para abrir, porque sempre acha que vai chegar uma ocasião especial? Pois talvez valha a pena repensar e ver se você não está esperando demais.
Eu estava assim com o meu Soalheiro Primeiras Vinhas 2011, um vinho feito na região de Vinhos Verdes, em Portugal, com a uva Alvarinho. O Soalheiro é um dos melhores produtores da região e o seu alvarinho é realmente uma grande obra. E quando estive lá eu ganhei uma garrafa Magnum, ou seja, uma de 1,5l. Essa me pareceu especialmente interessante porque era comprida, parecendo uma bala de arma. Estava guardando com todo o carinho, mas de repente me apareceu a oportunidade de abrir com grandes amigos do vinho – Le Vin Au Blog, Diário de Baco, Vivendo Vinhos – e eu não hesitei. Mandei para a geladeira (e precisei de uma prateleira inteira para ela ficar de atravessado) e fui para a festa.
Sei que alguns amigos preferem deixar os grandes alvarinhos, como é o caso desse, envelhecer um pouco mais. Eu entendo e acho que fica bem legal, mas eu prefiro os meus mais frescos e jovens. E era exatamente assim que estava esse: aromas de frutas brancas e um pouco de grama e cítrico, na boca bastante acidez e muito leve e um final muito saboroso.
Como um bom alvarinho, não precisou de nada para acompanhar, só a alegria dos amigos em beber um bom vinho como esse.
E a vida continua, só que agora, depois de beber esse belo vinho, está mais feliz.
Um abraço
Daniel Perches
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