Domaine Chevalier Crozes-Hermitage La Motte 2011 Blanc

Acabei de voltar da França, depois de uma semana em Epernay, a cidade do Champagne. Por lá, obviamente, provei basicamente só champagne (falo basicamente porque eu bebi também vinhos brancos e tintos, mas todos franceses, claro).

E quando cheguei em casa, finalmente disposto a relaxar um pouco, pensei até em abrir um vinho de outro país para mudar um pouco, mas resolvi continuar nos franceses, não só pelas razões óbvias de que não é nada mal beber vinhos daquele país, mas porque eu estava querendo provar esse Crozes-Hermitage La Motte 2011 Blanc já há algum tempo.

A AOC Crozes-Hermitage fica no Rhône, próximo a outras duas que também são bem conhecidas, como a Côte-Rotie e a Hermitage. Os vinhos produzidos nessas regiões vêm com o nome dela bem grande no rótulo, então se você já bebeu algum vinho de lá, com certeza vai se lembrar. O que pode até acontecer é que você confunda, pensando que Crozes-Hermitage é o produtor ou o nome do vinho.

chevalier_Crozes_hermitage_La_Motte_2011O Crozes-Hermitage La Motte 2011 Blanc é da Cave Chevalier, feito 100% com a uva Marsanne, uma que eu raramente bebo. Primeiro porque é típica da França e pouquíssimo usada em outros países e segundo porque eu tenho tantas outras uvas que eu gosto mais na frente, que decidir por uma Marsanne é realmente algo difícil pra mim.

Mas como o mundo dos vinhos é muito vasto e é sempre bom provar uvas diferentes, aceitei a “difícil tarefa” de beber esse. 🙂

Ele tem aqueles aromas de fruta branca como pêras e um leve toque de especiaria (mas bem de leve mesmo). Como o vinho passa por barrica de carvalho para um breve envelhecimento, ele ganha tanto no nariz quanto na boca umas notas mais tostadas e um pouco de baunilha. Eu gosto de vinhos com mais acidez e menos corpo. Esse tem até uma boa acidez, mas é bem encorpado e dá para sentir um pouco o álcool na boca.

Confesso que provei poucos vinhos da AOC Crozes-Hermitage até hoje, então não consigo comparar com outros, mas esse me pareceu um vinho elegante, com bastante presença, ótimo para acompanhar frutos do mar mais pesados como ostras, mariscos e deve ficar muito bem com uma boa lagosta. Mas para beber sozinho, como aperitivo, não fez muito a minha cabeça.

Esse é importado pela Vinhos Everest e eu não sei o valor de mercado, pois no site não informa.

Um abraço

Daniel Perches


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