Quando falamos de Malbec, pensamos logo nos vinhos da Argentina e mais especificamente nos de Mendoza. Mas essa uva veio mesmo da região de Cahors, na França. E por lá se produz, obviamente, muito Malbec e que é bem diferente dos que estamos acostumados vindos de nossos hermanos.
Enquanto os argentinos produzem vinhos muito intensos, corpulentos e com muito tanino, os da França são em geral um pouco mais leves, mas ainda assim bem encorpados. Outra característica é que os franceses possuem vinhos que não têm aquela explosão de aromas, mas sim algo mais combinado, mais consistente.
E por conta de provar um Malbec de Cahors, eu comprei esse Chatons du Cèdre Malbec 2008 na World Wine (aliás, acho que foi no último saldão deles, que sempre tem vinhos legais com bons descontos). Custa em torno de 50 reais e achei que seria uma boa barganha, pois há Malbecs de lá que custam bem caro.
O vinho é como se espera: forte, potente, mas com bons taninos. É bem verdade que esse me pareceu que já estava começando seu declínio e não é um vinho para se guardar por muito mais tempo, mas de qualquer forma deu para ter uma boa idéia de como ele deve ter sido quando mais jovem. Ainda assim tinha bastante tanino e boa acidez.
O que eu gostei desse vinho foi que apesar de ele ser bem potente, ele é gastronômico (o que as vezes é difícil de acontecer com os vinhos argentinos) e acompanhou bem uma lasagna. Justo neste dia não tinha nenhuma carne para assar ou grelhar, mas arrisco dizer que uma boa picanha deve ir bem com ele, ou até mesmo uma fraldinha.
Gostei do teste e vou comprar outro Malbec de Cahors, mas aí vou abrir junto com um Malbec Argentino para fazer as comparações na hora. Conto aqui em breve.
Um abraço
Daniel Perches
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