A Sicília é uma região da Itália muito fascinante. Cenário de filmes e sempre lembrada como “terra de mafiosos”, essa região que está no “chute da bota” (veja no mapa abaixo – Fonte: Wikipedia) é cenário para a produção de filmes, mas tem muito mais coisas interessantes por lá. Tem o vulcão Etna e vinhos. E muitos deles são plantados aos pés do vulcão (ou seja, se ele resolver acordar, pode esquecer as próximas safras por um bom tempo).
Para trazer essa diversidade de vinhos e uvas autóctones para o Brasil, o Instuto Regionale dei Vini e Olii di Sicilia esteve no Brasil com diversos produtores de lá. Ótimo momento para provar alguns vinhos brancos diferentes e os tintos que podem ser, para mim, os melhores acompanhantes de uma pizza.
Na Sicília planta-se bastante Catarrrato (uva branca) e Nero d’Avola (uva tinta). Essas duas são as principais e responsáveis por mais de 40% de toda a região plantada. Existem várias outras autóctones interessantes como as brancas Inzolia e Grillo e Trebbiano Toscano, além das internacionais Chardonnay, Viognier e Pinot Grigio. Nas tintas vale também o destaque para a Frapatto, além das bem conhecidas Syrah, Cabernet Sauvignon e Merlot.
Um bom Nero d’Avola, como eu disse, com uma boa pizza de Pepperoni, fica uma delícia. O vinho é bem potente e tem até uns toques adocicados tanto no nariz quanto na boca. Mas na verdade o que eu gosto mesmo dos vinhos de lá são os Syrah. Acho legal ver como a uva se adaptou àquela região, recebendo uns toques mais minerais. Com isso, em geral, sai um vinho com aqueles toques de pimenta tradicionais, mas um pouco mais leves.
Para conhecer mais sobre os vinhos da Sicília vale a pena provar os que foram feitos próximos ao vulcão (e perceber a influência clara do solo) e se aventurar pelas uvas autóctones. Deixo aqui alguns nomes como dica para a próxima garimpagem.
Brancas: Albanello, Inzolia, Carricante, Catarrato, Damaschino, Minella Bianca, Moscato Bianco.
Tintas: Corinto Nero, Frappato, Nerello Cappucio, Nerelo Mascalese, Nero d’Avola, Nocera, Perricone.
Um abraço e boas aventuras.
Daniel Perches
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