Estive na DUO Bruschetteria no feriado de Páscoa para provar a tão falada porchetta que eles fazem por lá. Diziam que é boa, que tem isso, que tem aquilo e eu acabei me seduzindo (coisa que não é difícil de acontecer) e fui lá provar.
Como sempre, o lugar estava uma delícia, com um ambiente aconchegante, entradinhas bem gostosas (para não falar nas bruschettas, que são deliciosas) e claro, os vinhos que são bem selecionados e com preço justo.
Não sei se já aconteceu com alguém aí, mas tem dias que eu estou afim de beber um vinho e de comer uma comida, mas sei que elas não vão combinar. Como eu já faço alguns testes deste tipo lá no Desafio ao Vinho, também me dou essa chance de vez em quando ao comer em algum restaurante.
Foi então que pedi o Humberto Canalae Estate Pinot Noir 2011, um vinho relativamente barato (no site da Grand Cru custa menos de 50 reais) e que eu tinha quase certeza que não combinaria com o prato (para quem não sabe, a porchetta é a lateral do porco, que vai da costela até a barriga, temperada e enrolada).
Prato e vinhos servidos e lá fui eu para praticamente um Desafio ao Vinho e já estava com dó do Pinot Noir, mas no final não ficou tão estranho quanto eu pensava que ficaria.
O vinho é leve, fácil de beber. Produzido na Patagônia, tem aquela cor levinha, aromas de madeira seca, frutas vermelhas. Na boca é bem equilibrado (se bem que eu até aceitaria um pouco mais de acidez nele). O prato estava muito bem temperado e com aquela crosta crocante de deixar qualquer cardiologista louco e a gente lambendo os dedos.
É claro que esse vinho iria melhor com outra comida, mas ele conseguiu cumprir a função que eu esperava. E provado sozinho mostrou-se muito bacana, principalmente pela faixa de preço.
Volto na DUO para comer mais porchetta e para beber mais Humberto Canale Pinot Noir, só não sei se será no mesmo dia.
Um abraço
Daniel Perches
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