Vik é uma vinícola relativamente nova no Chile. O nome vem do sobrenome do proprietário, que é um norueguês que tem negócios pelo mundo inteiro. Resolveu que queria fazer vinho, foi até o Chile e comprou uma propriedade enorme. Quando estive lá e visitei, fiquei impressionado com o tamanho, com a qualidade e tecnologia que estão utilizando.
Mapearam todo o solo, contrataram enólogos muito experientes e já produziram 2 safras, a 2009 e a 2010. Trabalham com conceitos orgânicos e holísticos e na safra 2010 usaram até leveduras indígenas, que é algo que desperta paixões de vários enófilos e críticos.
A safra 2009 é composta de 63% Carménère, 25% Cabernet Sauvignon, 1.5% Cabernet franc, 0.2% Merlot e 0.3% Syrah. Tamanha precisão tem motivo: os caras querem fazer o melhor vinho do Chile. Sim, meus amigos, segundo o pessoal da Vik, em alguns anos vamos esquecer Almaviva, Clos Apalta e companhia e vamos querer só saber do Vik. Aliás, eles só fazem esse vinho. Não tem segundo vinho, terceiro, vinho de entrada, etc. Só um, que tem que ser o melhor.
Eu provei as duas safras e a qualidade é incontestável. É daqueles vinhos que nem precisamos ficar falando muito, porque ele fala por si só. Excelentes aromas, taninos e acidez. É fato que o vinho ainda está jovem e tenho certeza que vai melhorar muito com o tempo, mas até para beber agora está bem legal.
Almoçei na vinícola com o Vik 2009 acompanhando toda a refeição. Foi muito bem com uma carne de cordeiro, mas o que mais me impressionou foi que ele harmonizou com a sobremesa: mousse de chocolate.
Como todo vinho ícone, ele também custa caro. O 2009 já está esgotado e o 2010 está sendo vendido a 130 dólares pelo site deles.
Se vai ser o melhor do Chile ou não eu não sei, mas sei que vale a pena ficar de olho nesses caras. No mínimo, vão fazer barulho e incomodar muita gente em concursos por aí.
Quer saber mais? Veja o site da Vik.
Um abraço
Daniel Perches
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