Tenho um carinho especial pelos vinhos da Morandé. Em uma de minhas visitas ao Chile eu passei pela House of Morandé, um lugar praticamente mágico, onde você come maravilhosamente bem sentado de frente para os vinhedos e as harmonizações são muito bem feitas.
E a Morandé faz também um vinho chamado “House of Morandé”, que é o premium da casa e só é produzido em anos em que a safra é realmente boa, para manter a alta qualidade. Já provei um desses há algum tempo e gostei muito.
Mas recentemente estive em uma degustação que me permitiu conhecer a fundo o potencial de envelhecimento desses vinhos, pois foi uma vertical (mesmo vinho, com diversas safras) conduzida pela próprio Pablo Morandé e com garrafas double Magnum (de 6 litros). Um show!
Provamos as safras 1999, 2001, 2003, 2004, 2005 e 2006 (a única que foi servida em garrafas de 750 ml). Como depende da safra, cada ano eles usam um corte diferente. Em 1999 por exemplo foi só Cabernet Sauvignon, já em 2001 teve Cabernet Sauvignon, Cabernet Franc, Carginan, Merlot e Carmenere.
Gostei muito da safra 1999 pela sua elegância. O vinho já estava evoluído, mas ainda tinha força, potência e com certeza ainda poderia ser guardado por mais tempo. Me pareceu o vinho mais fácil para harmonizar com comida, pois não tinha taninos tão duros. Os outros que me chamaram a atenção foram o 2005, que me pareceu um pouco mais adocicado, mas ainda assim muito interessante e principalmente o 2006, que apesar de ser o mais jovem, estava um espetáculo, com aromas levemente mentolados e toques de madeira na boca. Esse é daqueles que eu quero comprar 2 garrafas: uma para beber agora e outra para guardar, pois com certeza em uns 5 anos vai ficar ainda melhor.
Um belíssimo vinho chileno, sem dúvida.
Um abraço
Daniel Perches
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