Frequentemente falo de tipos de vinhos ou uvas que eu provo menos do que eu gostaria ou deveria. Mas dentre elas, sem dúvida uma das que mais me faz falta é a Pinot Noir, e simplesmente pelo prazer que ela traz.
Não é à toa que é tão cultuada pelos enófilos do mundo inteiro. Quando bem trabalhada, essa uva dá vinhos excelentes, aromáticos, complexos e deliciosos.
Os mais conhecidos são sem dúvida os da França, mas a Nova Zelândia vem se destacando cada vez mais na produção de Pinot Noir (e de Sauvignon Blanc também).
Eu já estava namorando esse vinho há algum tempo e finalmente consegui provar. E comprovei: o Greywacke Pinot Noir 2009 é muito bom!
Greywacke é o nome de uma pedra comum principalmente em alguns vinhedos na Nova Zelândia. E Kevin Judd, enólogo experiente e um dos fundadores da Cloudy Bay (vinícola muito grande da Nova Zelândia) aproveitou-se desse nome para os seus vinhos. Aliás, Kevin Judd, além de ótimo enólogo, é também um grande fotógrafo e por muitos anos suas fotos apareceram em grandes revistas de vinhos.
Deixando um pouco a história de lado e falando sobre o vinho, o Greywacke Pinot Noir tem aquela cor clarinha que até engana a gente, pensando que vai ser um vinho “levinho”. No nariz ele tem aqueles aromas clássicos de frutas vermelhas, cereja, ameixa e um toque de defumado, bem delicados. Na boca ele mostra sua força: tem um bom corpo e uma excelente acidez.
Enquanto escrevo, estou bebendo o vinho e a cada gole, quero mais dele. É macio, redondo e com um final muito prazeroso, sem amargor.
Sei que as harmonizações com Pinot Noir são clássicas e realmente fazem muito sentido, mas eu queria mesmo é beber esse vinho sem acompanhamento, só apreciando cada gole. Vale a pena.
O Greywacke é importado pela Casa Flora no Brasil. Para saber mais sobre o produtor, acesse o site da Greywacke aqui.
Um abraço
Daniel Perches
Deixe um comentário