Eu gosto dos espumantes da Salton. Aliás, já contei aqui que foi basicamente por causa dessa vinícola que eu entrei para o mundo dos vinhos. Eu trabalhava em uma agência de publicidade em São Paulo que atendia a conta deles. Aí, quando eu comecei a atendê-los e conhecer um pouco mais sobre a “magia dos vinhos”, me apaixonei e parti para um aprofundamento.
Então é de se esperar que conheça vários vinhos da Salton e também que eu tenha história com eles. Lembro-me, em uma reunião com um dos diretores da empresa em um restaurante, que ele pediu o Reserva Ouro. Lembro-me perfeitamente do sabor que teve, ao ouvi-lo apresentar o espumante para os amigos da mesa, contando um pouco sobre seus aromas e sabores.
Então, quando recebi essa garrafa do Salton Gerações, lembrei-me de toda a minha história com eles e fiquei contente de poder provar mais um novo produto.
Esse espumante é feito com Pinot Noir (50%) e Chardonnay (50%) e o seu nome vem em homenagem ao Sr. Antonio Domênico Salton, o responsável pelo começo de tudo. Não acho que o Sr. Antonio sabia o que viraria a Salton, mas tenho certeza que ele está contente.
É um espumante elegante, com uma cor amarelo ouro claro. Bolhinhas (ou perlage) bem finas e contínuas tornam o espumante ainda mais gostoso de se ver. No nariz a elegância continua, mostrando aromas de frutas brancas, cevada, fermento e um toque doce que eu achei bem parecido com baunilha. Na boca é extremamente equilibrado e me trouxe até um toque cítrico. Em comparação com outros espumantes brasileiros da mesma categoria, eu diria que esse é mais leve, ao contrário de outros que passam o vinho muito tempo por barrica, deixando ele um pouco pesado na boca.
Provei com um filé ao molho mostarda e foi muito bem. Apesar de saber que espumantes são harmonizados, em geral, com saladas, frutos do mar e entradas, eu usaria esse para um prato principal, pois acho que merece.
O Espumante Salton Gerações está pra mim no nível dos tops brasileiros, sem dúvida. Vale a pena provar. Se quiser mais informações, veja o site da vinícola.
Um abraço
Daniel Perches
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