Estive na Achaval-Ferrer em uma de minhas visitas a Mendoza, na Argentina. Gostei muito do lugar, que é bem bonito e charmoso. A história deles é interessante também. Seis sócios se juntaram para fazer vinhos de alta qualidade. E conseguiram. Os vinhos (principalmente os tops) da Achaval-Ferrer são realmente obras de arte da viticultura e enologia.
A linha deles que vem para o Brasil é relativamente pequena, ficando em 4 ou 5 rótulos, mas se você for visitá-los, poderá provar vinhos que só tem por lá. Lembro-me até hoje de uma garrafa de Petit Verdot que sorriu pra mim, mas por algum motivo, no dia, eu não comprei. Se arrependimento matasse…
E nessa visita também soube que eles mudariam de importador, mas ainda não podiam falar qual seria a nova empresa representante dos seus vinhos no Brasil. Agora já sabemos, pois a Inovini está fazendo um road-show por diversas cidades para apresentar seu novo produtor.
E numa dessas apresentações eu provei o Achaval-Ferrer Malbec 2010. Um vinho que podemos considerar “de entrada”, ou seja, um dos seus mais básicos. E quando falamos em básico, para a Achaval-Ferrer esse conceito é um pouco diferente, pois esse vinho já é bem complexo. Produzido 100% com a uvs Malbec, de vinhedos de 3 lugares diferentes, esse vinho é bem expressivo. Tem aqueles aromas típicos da Malbec, que lembram um pouco o floral, junto com as frutas vermelhas. Logo que servido ele solta um aroma forte de barrica, mas que com o tempo desaparece, deixando leves toques de chocolate e baunilha.
Achei que ele tem um pouco de álcool a mais, o que pode incomodar os mais sensíveis e sem dúvida é algo que precisa ser combatido pela comida. Eu diria que uma boa carne grelhada seria a melhor companhia.
Com um valor em torno de 90 reais, como eu disse, não tem muita coisa de “básico”, mas tem bastante qualidade.
Um abraço
Daniel Perches
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