Há tempos que bebo vinhos da Pisano e gosto muito. Lembro-me da primeira vez que me apresentaram os vinhos deles, lá na Mistral (ainda na época em que tive a sorte de morar na mesma rua da importadora. Nesse tempo, me dava ao luxo de ir no sábado de manhã comprar uma garrafa de vinho para o almoço). Lembro-me da vendedora me mostrar os vinhos e prometer qualidade. Resolvi arriscar e não me arrependi. Desde então bebo e recomendo Pisano.
E na minha viagem ao Uruguai tive a sorte de ir à bodega e conversar com os irmãos Francisco e Gustavo e com o Gabriel (que faz os vinhos da Viña Progresso e é filho do Gustavo). Família simples e dedicada, que guarda com muito carinho e respeito a tradição e história da família.
A Pisano é uma das grandes bodegas do Uruguai, com 30 hectares de vinhas plantadas e exporta para mais de 40 países. São 25 variedades (brancas e tintas) e só de Tannat eles têm 12 tipos. Há coisas interessantes como um espumante de Tannat, um vinho feito 100% com Petit Verdot e outras mais.
Se você for à bodega e tiver sorte, poderá ver a matriarca cuidando dos pássaros por lá. Senhora sábia que reivindicou um vinho em seu nome e ganhou o top da vinícola (mas isso é papo para outro post, porque merece).
Na cozinha da família tem um sem número de garrafas (vazias e cheias) e presentes e lembranças do mundo inteiro. E é por lá que se faz a comida. Pra mim foi servida uma típica parillada, que ficou simplesmente divina com os vinhos deles. Provamos vários e tenho meus favoritos, que também contarei em outros posts.
Ah, quase ia me esquecendo de falar sobre a vinícola. Bem, tem a sua parte antiga que preserva até algumas máquinas de mais de 100 anos e tem a parte nova, que é onde produzem efetivamente o vinho
Se for ao Uruguai, recomendo fortemente que agende uma visita à Pisano. Vá, converse com eles, prove os vinhos e depois me diga se estou exagerando. Gaste mais tempo conversando com a família do que vendo a vinícola. Vale a pena.
Um abraço
Daniel Perches
Deixe um comentário