Quem pensa que a região do Douro (Portugal) só faz vinhos tintos, está enganado. Já provei alguns vinhos rosés de lá e gostei bastante. E o Quinta da Laceira vem de lá.
Produzido com as uvas Bastardo e Tinta Roriz, é daqueles rosés que tem uma coloração muito forte e viva, lembrando cereja. No nariz o vinho mostra a que veio através de toques bem refrescantes de frutas vermelhas maduras.
E ao analisar a taça com calma, vi que o vinho tinha produzido algumas pequenas bolhas, ficando um pouco frizante. Sinal de boa acidez e, mais uma vez, refrescância. O vinho é assim mesmo e não precisa se preocupar. Ele não está estragado e não fermentou novamente (isso pode acontecer com alguns vinhos, mas é outra história, para outro dia).
Na boca o frizante dele aparece “picando a língua”. Quem já provou um vinho da região de Vinhos Verdes vai lembrar dessa sensação. É uma sensação gostosa e produz um efeito nas papilas gustativas contraindo-as. Quando elas “relaxam”, liberam saliva. Aí vem de novo a vontade de beber o vinho e o ciclo recomeça.
O Quinta da Laceira Rosé me pareceu um ótimo vinho para se beber descompromissadamente, com amigos em uma recepção, num final de tarde ou num almoço leve, daqueles que a gente faz até durante a semana e – pelo menos tenta – comer coisas menos gordurosas e pesadas. Uma boa salada vai muito bem também e eu arriscaria até um sushi de salmão com ele.
Com o calor se aproximando, um vinho rosé é uma excelente pedida.
Esse é importado pela Winelands.
Um abraço
Daniel Perches
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