Doval Reserva Branco 2008

Depois de provar o Doval Tinto 2007, foi a vez de provar o “irmão” dele, o Doval Branco.
Como eu já tinha conhecido um pouco da vinícola, resolvi levar o branco, sem antes conhecer, para a casa de alguns amigos, para provar com o prato do dia (ou da noite): bacalhau.

O anfitrião não quis revelar mais detalhes do prato que prepararia, então cada um dos convidados teria que levar um vinho praticamente às cegas. Eu resolvi levar esse porque acho que a maioria dos pratos feitos com bacalhau combinam bem com vinhos brancos. E confesso que também é porque eu queria conhecer esse vinho.

Como sempre digo, gosto de ver a criatividade dos portugueses na composição dos nomes dos vinhos e claro, nos nomes das uvas. Esse, por exemplo, é feito com Códega do Larinho, Rabigato e uma parte de Vinhas Velhas (e entenda “Vinhas Velhs” aquelas que eles não sabem direito o que é, mas que como continuam dando bons vinhos, eles mantém assim).
O legal foi provar um vinho com  Códega do Larinho, uma variedade que eu nunca tinha provadoe tive que pesquisar para poder conhecer um pouco mais sobre ela.

Mas falando mais especificamente sobre o vinho, eu posso dizer que é um bom português, que tem bons aromas que lembram frutas brancas com destaque para uma maçã madura, leve toque de pêra e até um toque floral, mas nada muito aberto. Mesmo depois de deixar o vinho esquentar um pouco, ele não mostrou nada muito potente no nariz (e faça você aí esse teste, caso tenha um vinho branco que não esteja soltando muito os aromas. Deixe ele esquentar que você vai ver comomelhora).

Na boca o vinho não tinha muita acidez, mas pra minha sorte o prato também não tinha temperos que precisassem de acidez. Era um bacalhau assado com bastante azeite e alguns legumes (que por sinal estava ótimo). Gosto de bacalhau assim, o mais natural possível.

O vinho foi bem com o prato, mas ele não conseguiu bater um Riesling que foi levado por um amigo. O Riesling, mesmo com a sua doçura natural, tinha mais força para acompanhar o bacalhau.

Independente do prato, o vinho é bom e tem ótimo potencial para ser acompanhado de boas comidas. Eu fiquei pensando que seria um bom companheiro para um fondue de queijo.

Quem sabe? Vale a pena tentar.

Um abraço

Daniel Perches


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