Lucente IGT 2008 #cbe

Todo mês tem desafio da Confraria Brasileira de Enoblogs e todo dia primeiro nós postamos as nossas impressões sobre o vinho escolhido. A idéia é que a cada mês todos provem um vinho de acordo com um tema proposto por um dos membros. Dessa vez foi o meu amigo Alexandre Frias, do Diario de Baco, que escolheu o tema. E como ele é um grande amante dos vinhos italianos, não poderia ser diferente. Propôs que encontrássemos um “Supertoscano de até R$ 150“.

A tarefa não é fácil. Os supertoscanos são chamados assim pois alguns produtores, há algum tempo, perceberam que poderiam produzir grandes vinhos com algumas uvas diferentes das permitidas, mas pra isso precisariam sair das regras de uvas e métodos da Toscana. Aí o vinho deixaria de ser um DOC ou ou DOCG, mas seria um vinho de excelente qualidade. Que dúvida, não? Deixaram de lado a denominação e se valeram do bom senso para nos brindar com verdadeiras jóias.

E o Lucente 2008 é um desses. Feito com 50% Merlot, 35% Sangiovese e 15% Cabernet Sauvignon, é um vinho muito bom! Aliás, nessas últimas semanas tive o privilégio de provar alguns supertoscanos (uns mais caros e outros nem tanto) e posso dizer que o Lucente não fica atrás de vinhos que custam quase o dobro dele.

Com uma coloração bem escura, demonstra ser ainda muito jovem. Precisa de tempo para evoluir (e estou falando de anos). Mas como a gente não espera, o que temos hoje é um vinho com aromas muito complexos, lembrando frutas negras, toques minerais e alcaçuz. Na boca ele mostra toda a sua força, com taninos e acidez muito presentes. É um vinho que pede comida. Experimente esse vinho com uma boa comida italiana, com uma carne com um pouco de gordura ou até mesmo com um queijo curado e verá que ele fica ainda melhor.

E se você tiver um pouco de paciência, deixe o vinho aberto e descansando por um tempo e verá uma transformação incrível. Vale a pena guardar um pouco e provar (mesmo sabendo que é difícil resistir, tente).

E pra quem quer saber um pouco mais, vale a pena dar uma olhada no site do produtor, o Luce delle Vite. Vale a pena dar uma conferida na história dele, pois o vinho tem pedigree. A vinícola é uma união entre a familia Marchesi de Frescobaldi  e a vinícola da Califórnia de Robert Mondavi. Reconheceram?

Esse é importado pela Ravin no Brasil.


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