Antes de falar sobre o vinho, é preciso esclarecer um fato muito importante sobre os vinhos do porto que têm “10 anos, “20 anos”e etc em seu rótulo.
Para se fazer um vinho dessa categoria, são guardados e sempre adicionados vinhos das safras que vão sendo vinificadas a cada ano, durante um período de 10 anos (ou no período que estiver definido no rótulo). Ou seja: não é que o vinho ficou lá parado por 10 anos, mas que foram sendo adicionadas outras safras durante esse período.
Mas isso não tira, de forma alguma, a beleza desse tipo de vinho. É uma grande arte fazer vinhos com esse tempo de envelhecimento. É preciso muito cuidado e conhecimento para se poder adicionar safras novas a um vinho já produzido sem “estragar”sua qualidade. Os vinhos do Porto envelhecidos são vinhos complexos e muito saborosos.
Agora falando especificamente sobre o Quinta de la Rosa Porto 10 anos Tawny, tenho que contar que esse é um belíssimo exemplar e a começar pela sua garrafa. Sophia Berqvist (uma inglesa com nome sueco que fala português. É a globalização!) é quem cuida da Quinta e fez questão de produzir uma garrafa muito charmosa. Pequena, com 500ml de conteúdo dentro de um vidro transparente, dá um aspecto muito “cool”para o vinho. Dá vontade de colecionar a garrafinha da Quinta de La Rosa!
Mas colecionar mesmo só a garrafa, porque o vinho é pra tomar. Com um aspecto granada pertinente à sua idade, o vinho mostrou notas muito delicadas de amêndoas, frutas passas, chocolate e até um toque de canela (será que fui só eu que percebi isso? Se sim, me contem, por favor).
É um vinho para se beber com calma, talvez no final de uma refeição, com amigos e até acompanhado de um bom charuto. Mas se você não for adepto aos charutos, pode ter um doce à base de amêndoas ou castanhas, que com certeza vai muito bem.
Esperamos que a Sophia continue fazendo seus vinhos com o mesmo esmero sempre. Eu estarei aqui para beber.
Um abraço
Daniel Perches
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