Em matéria publicada no Valor Econômico de 24 de março de 2011, vi uma informação interessante. Para tentar “diminuir a diferença entre os ricos e pobres” no maior país comunista do mundo, o governo chinês vai proibir anúncios de produtos de alto luxo e é claro que os vinhos raros estão aí no meio.
A China hoje é uma das maiores compradoras dos vinhos tops do mundo e alguns grandes Chateaux de Bordeaux, por exemplo, já estão exportando praticamente toda a sua produção para lá.
Eu sinceramente não acredito que isso vá aplacar a busca chinesa pelos grandes caldos franceses e acredito muito menos que a proibição de anúncios diminua qualquer diferença cultural, mas se isso acontecer, pelo menos sobra mais desses vinhos para o resto do mundo.
Veja a matéria completa abaixo (no Valor Economico Online, só para assinantes)
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China proíbe propaganda de bens de luxo em outdoor
Valor Econômico (Bloomberg)
“Diante da crescente diferença entre ricos e pobres na China, o governo comunista em Pequim decidiu tornar a questão menos visível e proibiu propaganda em cartazes que promovam estilos de vida luxuosos na capital chinesa. A partir de 15 de abril, será proibido promover “hedonismo, ostentação e culto às coisas estrangeiras” em anúncios de outdoor, de acordo com comunicado da Administração de Indústria e Comércio da cidade.
A proibição também inclui anúncios que sejam de “mau gosto”, contenham linguagem vulgar e defendam “estilos de vida aristocráticos”, segundo o comunicado, com data de 15 de março, que foi divulgado no site da agência municipal.
O país mais populoso do mundo, lar de 150 milhões de pessoas que vivem com menos de US$ 1 por dia, pode superar o Japão e tornar-se o maior mercado de artigos de luxo do mundo até 2015, segundo o ministro do Comércio chinês, Chen Deming, afirmou em 7 de março.
As vendas de itens de luxo na China podem mais do que dobrar em cinco anos, para 180 bilhões de yuans (US$ 27 bilhões) em 2015, de acordo com a McKinsey & Co., à medida que a demanda por marcas como Louis Vuitton, Hermès e Prada, aumente.
Em 27 de fevereiro, o primeiro-ministro da China, Wen Jiabao, disse que o governo procurará encolher a crescente diferença de renda, que segundo informe de agosto do Credit Suisse Group AG está em níveis apenas vistos na África.
LVMH Moët Hennessy Louis Vuitton SA e Hermès International SCA estão entre as fabricantes de artigos de luxo em expansão na China, que passou o Japão em 2010 e tornou-se a segunda maior economia do mundo. A casa de moda italiana Prada SpA, entre cujos produtos estão as bolsas Miu Miu, pretende ser a primeira empresa italiana a listar ações em Hong Kong, uma vez que o aumento de renda na China impulsiona a demanda por itens de luxo.
As vendas de veículos de alto luxo no maior mercado automotivo mundial subiram 60% em 2010, de acordo com consultores da Bain & Co. Neste ano, as entregas, em unidades, poderiam subir 35%, segundo a empresa de consultoria.
Na China continental, as vendas da Maserati, da Fiat SpA, cresceram 50% em 2010, para 400 unidades, com o que esse mercado encaminha-se a superar a Itália como segundo maior para a marca. A China continental não inclui Hong Kong, Macau e Taiwan.
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