A Norton é uma vinícola gigante. Daquelas que você fica impressionado quando chega. Pode estudar, ler e falarem pra você sobre ela. Mas quando você chega se impressiona. Primeiro porque passa por um longo caminho de vinhedos e depois pelo tamanho da bodega mesmo.
A Norton tem uma história interessante: o avô do proprietário foi um mercador que se apaixonou por uma bela moça argentina e quando se casou, ganhou aproximadamente 70 hectares de vinhedos como “dote”. O imigrante sortudo começou então sua vida de vinhateiro já com uma bela propriedade. Hoje a vinícola é de propriedade da família Swarovsky, aquela que faz os cristais famosos. Mas não pense que você poderá encontrar essas jóias para comprar na bodega. Lá você encontrará duas ou três peças só, da coleção da família, que não estão à venda, como uma tampa de barrica toda cravejada, de deixar qualquer um de queixo caído.
Lá eles guardam praticamente todas as safras de vinhos produzidos, então é possível encontrar vinhos bem antigos, mas que já não são mais abertos e estão lá somente para estudos (e para decoração, claro). Ao fundo da adega o pessoal fez umas salinhas de estar, onde os turistas podem ficar lá, degustando vinhos e tábuas de frios, que são servidos pelo bar, num ambiente muito gostoso, rodeado de garrafas que estão em fase de amadurecimento para serem comercializadas depois. Um excelente passeio, bem diferente dos tradicionais.
E é de lá que vem o Malbec DOC, que é o vinho campeão de vendas deles. E para nossa alegria, para a Norton, o Brasil é o mercado mais importante, ou seja, é pra cá que vem a maioria dos vinhos produzidos.
Vale a visita, não só pelo visual, mas para provar mais alguns dos vinhos que eventualmente você não tenha provado aqui (eles têm mais de 20 rótulos). E se não provou ainda o Norton DOC, não pode deixar de fazer. É um bom vinho, que já caiu no gosto do brasileiro.
Um abraço
Daniel Perches
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