Mendoza – um deserto inundado de vinhos

Mendoza é um deserto. Mas deserto mesmo, daqueles de pedras meio brancas, sujas de poeira, calor e ar seco. Confesso que apesar de estudar um pouco sobre a região antes de ir pra lá, fiquei impressionado quando cheguei. Achei que era só um “desertinho”, mas era muito mais do que eu pensava. O mais legal mesmo é ver a Cordilheira dos Andes ali ao fundo, com seus picos congelados, e você lá embaixo, naquele calorão. Belo contraste.

Mas, para nossa felicidade, alguém algum dia pensou que lá daria para plantar uvas e arriscou. E não só deu certo, como a região tornou-se referência no mundo inteiro como terroir de excelente qualidade. Sua altitude (varia de 900 a 1600 metros acima do nível do mar), a acidez do seu solo, a boa insolação (às vezes até demais) contribuem para uma boa condição para as videiras crescerem e darem bons frutos.

Mendoza tem mais de 1.200 bodegas de vinhos. Claro que muitos são daqueles famosos “vinhos de garrafão”, que são comercializados por preços bem baixos, para consumo diário de toda a população. Aliás, o povo de Mendoza deve ser um capítulo à parte: alegres, bonitos, jovens e que bebem (muito) vinho. Vê-se garrafas abertas por todos os lugares: restaurantes, bares, qualquer rodinha de amigos, tem um vinho na mesa. Vinho mendocino, claro!

Mas Mendoza tem também grandes bodegas. Visitei algumas e fiquei impressionado com a sua estrutura turística. São lindas, com guias muito bem preparados e claro, vinhos de excelente qualidade. De lá vem o famoso Norton, o tão cobiçado Achaval Ferrer, o gigante Zuccardi, o clássico Cheval des Andes e muitos outros. São tantos que preciso de muito mais tempo para contar.

Mas melhor do que só ler sobre a região é ir pra lá. Tire uma semana (ou duas, se conseguir), hospede-se bem (eu fiquei no Hyatt e depois no Intercontinental, dois excelentes hotéis, mas existem muitas outras opções) e curta o clima mendoncino. Você não vai se arrepender. Aliás, duro mesmo vai ser alguém voltar de lá não gostando de vinho argentino, de Mendoza e principalmente, feito com a uva Malbec!

Ah, uma parte importante é ter um bom planejamento da viagem. Quem fez meu roteiro foi a Mendoza Holidays (www.mendozaholidays.com), uma agência muito competente que foi fundamental para o sucesso da viagem. Ligue lá e fale com a Cecilia. Com certeza ela vai fazer um bom roteiro (e pode falar em português, porque ela fala tão bem que eu pensei que fosse brasileira). Boa viagem!

Um abraço

Daniel Perches


Publicado

em

por

Tags:

Comentários

Uma resposta para “Mendoza – um deserto inundado de vinhos”

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *