Bodegas, asados e blends – 1º dia em Mendoza

Não poderíamos começar a semana de forma melhor. O primeiro dia em Mendoza foi muito agitado. Visita às bodegas logo pela manhã, um belíssimo almoço e depois uma inesperada degustação de vinhos de pequenos produtores mendoncinos (que não estava no roteiro). Estamos apenas no começo, mas já estamos muito contentes com os resultados de nossa viagem. Mas é claro que vem muito mais por aí. Veja o resumo das vinícolas visitadas.

Bodega Domaine St. Diego – Desconhecida e pequena, foi o que mais nos surpreendeu durante todo o dia. Mal sabíamos que nos depararíamos com Angel Mendoza, um senhor pequeno de tamanho, mas gigante em conhecimento. Primeiro um passeio pelas vinhas, que têm que desviar dos olivais. Quando Angel comprou a propriedade e viu que tinha aquelas árvores centenárias, não teve coragem de cortá-las. As vinhas que se adaptassem (e se adaptaram). Seus vinhos são fantásticos, com destaque para o Pura Sangre. Infelizmente, o Sr. Angel não vende nem no mercado mendoncino, quanto mais exportar. Comprar vinhos dele, só na propriedade.

Bodega Tapiz – Saímos de uma minúscula vinícola e partimos para uma gigante. A Tapiz é um projeto de um investidor americano que se encantou com as terras daqui e começou a fazer vinho. São mais de mil hectares de uvas plantadas em diversas regiões da Argentina. O legal deles é que o enólogo consegue fazer cortes com uvas vindas de diferentes regiões, para tornar o vinho final mais redondo.

Tempus Alba – Já era nossa conhecida, pois esteve no Encontro de Vinhos. Fomos recebidos como se estivéssemos em família para um almoço fantástico. Conversamos com o senhor Aldo, o proprietário, que tem uma família que tem mais de 100 anos de tradição da produção de vinho. O destaque ficou por conta do Tempus Vero, um Malbec muito bem feito (e que é o top da casa), mas que infelizmente também não está à venda (ainda) no Brasil.

E pra terminar, passamos pela Vines, uma empresa que tem um loteamento aqui em Mendoza e que vende parcelas de vinhedo para quem quiser “brincar de enólogo”. Dentro do condomínio há uma bodega, então o proprietário só precisa decidir quais uvas quer plantar, como quer conduzir os vinhedos e depois a vinificação é feita na bodega, com o auxílio de técnicos e enólogos. Projeto muito interessante que já atraiu a atenção (e compra) de 6 brasileiros. O que seria só uma conversa no winebar virou uma degustação de vinhos feitos em vinícolas boutiques daqui. Sensacional! Provamos vinhos fantásticos, com destaque para um bonarda.

Dia cheio, não é mesmo? Mas hoje tem mais. Daqui a pouco estamos saindo do hotel em direção à Atamisque. Depois vamos para a Salentein e almoçaremos na O.Fournier.

Amanhã cedo tem mais novidades por aqui.

Um abraço

Daniel Perches


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