É isso mesmo. Fiz o meu vinho. E ele chama-se “Villa Brasilis 2010”, uma homenagem ao momento em que foi feito e também o local.
Mas antes que pensem que eu resolvi “mudar de lado” e tornar-me produtor de vinho, explico: estive na Salton com um grupo de jornalistas a convite do Ibravin e nos foi oferecida a oportunidade de fazermos o nosso próprio corte de vinho. Uma idéia muito bacana que apresenta de uma forma simples e fácil os conceitos da elaboração de um corte.
Foi assim: fomos para a sala de “produção” na Salton, onde encontramos 4 tubos de ensaio, cada um com um tipo diferente de vinho:
– Cabernet Sauvignon 2009 sem madeira
– Cabernet Sauvignon 2009 com madeira
– Merlot 2009 com madeira
– Tannat 209 com madeira
Com a matéria-prima em mãos, podíamos fazer os cortes, preparando os percentuais de cada variedade e depois provando em um pequeno tubo de ensaio. É claro que a ajuda dos sommeliers e enólogos é fundamental, pois nem sempre é tão simples “dar mais corpo ao vinho”, ou então “mais fruta” e o mais interessante é que a cada teste com uma mistura, nos tornamos mais exigentes.
Corte decidido, entrega-se o “laudo técnico” para eles e depois recebe duas garrafas em casa, pra degustar calmamente a sua obra-prima.
Uma atividade relativamente simples, mas com um grande efeito didático. Eu já não vejo a hora de receber o meu, para provar. Pretendo beber uma logo e guardar a outra para o envelhecimento e posterior comparação.
Se vai ser o melhor vinho do mundo eu não sei, mas que eu vou beber orgulhoso, disso eu não tenho dúvida.
Obrigado à Salton pela oportunidade didática. Foi uma experiência única.
Um abraço
Daniel Perches
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