Por mais que leiamos ou pesquisemos sobre os vinhos, nada melhor do que degustar e verificar, na prática, tudo o que aprendemos na teoria.
E foi assim, em clima de “experimentação” que eu degustei o Cuvèe Sanguine. Após um almoço regado a um belíssimo vinho do Novo Mundo, muito tânico, encorpado e potente, resolvi provar à noite esse Syrah, que é feito no Languedoc, região sul da França, muito conhecida pela produção de seus vinhos.
Gosto não se discute e não tenho intenção nenhuma de ser tendencioso, até porque adoro os vinhos do Novo Mundo, justamente pelas características citadas acima, mas sem dúvida, a elegância que os vinhos do Velho Mundo têm (e especificamente a França), pra mim, são inigualáveis.
O Cuvèe Sanguine foi provado com alguns petiscos de happy hour, inclusive com embutidos mais fortes como salame. Foi muito bem com todos eles.
Com uma coloração vermelho rubi claro e brilhante, mostrou sua delicadeza já nesse ponto. No nariz, aromas de frutas vermelhas frescas e pra mim o grande destaque foi para o morango e para a framboesa. Depois de algum tempo aberto, apresentou leves notas defumadas.
Em boca, bastante macio e com bons taninos. Senti uma pequeníssima ponta de amargor, mas que com a comida isso foi prontamente corrigido e não houve nenhum incômodo. Seu final é de média persistência e bem saboroso.
Um vinho que me pareceu casar muito bem com um final de tarde, acompanhando um happy hour (que com esse frio que está chegando agora, vai muito bem).
Importado pela Cave Jado, é mais um daqueles que a gente quase não acredita no preço, por estar acostumado ao que vemos por aí em vinhos importados, principalmente franceses. Esse custa R$ 50. Se você gosta de um Syrah elegante, está aí uma boa dica.
Ah, um detalhe interessante para os que gostam de novidades: a rolha do vinho, sintética, é da cor vermelha. Mais uma pra minha coleção de rolhas diferentes!
Abraços
Daniel Perches
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