Recentemente estive com algumas pessoas falando sobre vinhos uruguaios. Um deles disse algo que me deixou intrigado. Ele não tinha provado, até então, nenhum vinho uruguaio que tivesse feito ele se animar. Ou seja, todos os que ele conhecia, eram muito simples e não valiam a pena.
Depois disso eu fui em busca de alguns vinhos daquele país, para mudar essa percepção. E foi assim que eu “me encontrei” com o Pisano Arretxea, que é um dos vinhos tops da vinícola, que, aliás, é uma das maiores e mais conhecidas vinícolas do Uruguai.
Com vinhedos na região de Canelones, a Pisano produz esse vinho com as castas Cabernet Sauvignon, Merlot e Tannat, um corte típico daquele país.
A diferença desse vinho está em seu cuidado, sua produção e claro, a qualidade das suas uvas. O Pisano Arretxea é um vinho muito, mas muito tânico. Na verdade, acredito que eu tenha aberto ele muito antes do tempo, pois como o próprio produtor e também o importador dizem, esse vinho é de longa guarda. Não resisti (e até hoje conheci poucos que conseguem guardar seus vinhos por muito tempo).
O Pisano Arretxea possui uma coloração muito intensa, um halo muito pequeno de evolução, aromas ainda fechados (que com aeração de mais de uma hora se mostraram mais abertos) e em boca, como falei, taninos ainda verdes. Sim, taninos verdes, mas muito interessantes. Nenhum amargor e final longo e saboroso.
Beber esse vinho sem comida é como comer caju. Sua boca vai amarrar e você vai pedir água, com certeza. Mas quando acompanhado de uma boa carne de churrasco, o negócio muda completamente. O vinho “lava” a boca de uma forma impressionante, fazendo um belíssimo casamento. Aí você quer sempre mais e mais. Pena que eu tinha só uma garrafa.
Importado pela Mistral, esse vinho custa em torno de 130 reais. Não é um preço baixo, mas sua qualidade está à altura do preço.
Um abraço
Daniel Perches
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