Esse vinho habitava a minha adega há quase 2 anos e eu estava sempre a procura de algum dia especial para abri-lo. Finalmente consegui me convencer de que o dia tinha chegado e agora me vem aquela sensação de “por que não abri antes”?
Fiquei realmente impressionado com a qualidade desse vinho. Produzido no Vale do Bekaa (região vinícola mais expressiva e conhecida do Líbano) com as uvas Cinsault, Cabernet Sauvignon, Carignan e Syrah, é um vinho muita elegante.
Apresentou uma coloração vermelha clara, lembrando os Pinot Noirs da Borgonha. Já no nariz trouxe uma infinidade de aromas pra encantar qualquer um. Frutas vermelhas frescas, especiarias, tabaco, um leve toque de couro e tudo envolvido por um aroma leve de madeira molhada. Realmente, um show.
Mas o mais interessante desse vinho é que na boca ele é melhor ainda. Com um peso médio, taninos macios e acidez e adstringência muito equilibrados, mostrou ainda mais elegância do que no nariz. Final longo e persistente, chamando para o próximo gole.
Foi degustado com um frango assado empanado. Achei que a combinação de uvas seria interessante com o bacon que cobria o frango assado. Deu certinho. A comida e o vinho se combinaram muito bem e eles formaram um belíssimo par para um almoço.
Esse é o segundo vinho da bodega, sendo que o primeiro, o Chateau Musar, é ainda mais famoso e quem já provou diz que vale realmente a pena.
O Cuvée (este que foi provado) custa em torno de 90 reais e é trazido para o Brasil pela Mistral. Se tiver oportunidade, prove, pois por esse preço, deu baile em muito vinho que eu já provei (e que foram muito mais caros).
Um abraço
Daniel Perches
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