Lembro-me de ter trocado mensagens com alguém sobre o serviço do vinho em taça no Aeroporto de Congonhas. E por conta de estar aqui, aguardando o embarque (pelo menos enquanto escrevia esse post), resolvi testar o serviço. Não sei se eu me confundi e não encontrei o tal “Oasis” informado por meu companheiro de garimpagem ou as coisas que mudaram.
Encontrei uma lanchonete (a única) que vende vinhos aqui dentro do embarque e não imaginava o pesadelo que estava por vir. No cardápio, só duas opções: Periquita ou Miolo Seleção. Na prateleira, Chandon (meia garrafa) e outros rótulos desconhecidos. Perguntei pelo que estava disponível e só me deram as duas primeiras opções. Não discuti pois tinha pouco tempo e já meio contrariado, aceitei o Periquita. Vinho pedido e início do martírio.
Ninguém tinha abridor. De repente me aparece um rapaz de dentro da cozinha com aqueles abridores antigos, de rosquear e puxar para resolver meu problema.
Se arrependimento matasse, eu não estaria escrevendo esse post agora. Aliás, se abridor não fosse um objeto cortante, eu estaria com o meu, como sempre faço.
Depois de uns cinco minutos de briga com a garrafa para puxar a rolha para fora, o rapaz me vem com o meu vinho (extremamente gelado) e um copo plástico. Tentei não mostrar minha cara de pânico e perguntei por uma taça de vidro pelo menos, afinal existiam aos montes penduradas por lá. A resposta foi: “A Infraero não permite, pois pode quebrar e cortar alguém”.
Pois bem, meus amigos. Estou eu aqui com meu periquita, degustando calmamente em minha “taça de plástico”.
Juro que da próxima vez consulto meus arquivos e verifico com mais precisão onde é que se bebe de verdade um vinho nos aeroportos. Convenhamos, vinho com copo de plástico não dá, não é mesmo?
Na volta eu talvez tente de novo e conto para vocês.
Abraços
Daniel Perches
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