Esse grande vinho foi um brinde do nosso amigo Beto Duarte (Papo de Vinho). Ele conheceu o produtor e trouxe-o para o Brasil. Veio o Barbaresco “normal”, mas não o Riserva. Acho que o importador não estava num dia muito inspirado quando não quis esse vinho, pois ele é simplesmente fantástico.
Produzido na região de Barbaresco e em sua totalidade com a uva Nebiollo, esbanja classe, robustez e uma longa vida pela frente. São plantados só 4 hectares na zona de Rabaja’, originando 6 mil garrafas. Passa 30 meses em carvalhos franceses e eslovenos e depois ainda fica 3 anos em garrafa, antes de ser comercializado. Em taça, mostrou uma coloração granada. Suas lágrimas são muito lentas e grossas, com muita elegância.
No nariz, um painel de aromas de se encantar. Inicialmente, um herbáceo lembrando bosque úmido, passando por frutas passas ou em compota, sendo complementado por aromas terciários de couro, estrebaria, charuto e um toque de mentol no final. Um bouquet completo.
Em boca é macio, mas percebe-se que os seus taninos ainda estão amadurecendo, mostrando novamente a longevidade desse vinho. Seu final é longo e persistente.
É um clássico Barbaresco, que prima pela sua elegância. Merece ser guardado por muitos e muitos anos e aberto em ocasiões especiais, quando for possível apreciar o vinho com calma e tranqüilidade.
Importante comentar que esse só é engarrafado em anos especiais. Uma raridade.
Como não é trazido para o Brasil, não é possível saber o preço, mas acreditamos que gire em torno de 600 reais.
Obrigado, Beto, por compartilhar essa jóia conosco. E parabéns ao produtor, Giuseppe Cortese, pela belíssima obra. Pra saber mais sobre esse e outros vinhos do Giuseppe, veja o site aqui.
Um abraço
Daniel Perches
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