Redondo Branco 2005

Encontrei esse vinho português quando estava em busca de outro do mesmo país, para a resenha do mês para a Confraria Brasileira de Enoblogs. Não encontrei o que queria, mas esse acabou me chamando a atenção. E isso aconteceu por dois motivos: pelo seu rótulo, que como podem ver abaixo é bem interessante, com dois peixes cruzados, com uma espécie de ramo de arruda por trás e também pelas suas uvas. É produzido a partir de um corte de Roupeiro, Rabo de Ovelha, Fernão Pires e Arinto, pela vinícola Roquevale, no Alentejo.

Eu só fã confesso das uvas portuguesas (e por conseqüência, dos nomes delas. São de uma criatividade ímpar), então não resisti a esse.

Vinho comprado, degustado e aprovado. É um vinho bastante justo, eu diria. Vamos a ele: com uma coloração amarelo ouro, já denota sua certa idade, que para vinhos brancos, tem que ser verificada com mais cautela. No contra-rótulo o produtor alerta para o consumo desse vinho jovem. Eu resolvi arriscar, mas o vinho não estava ruim. Aliás, estava em seu auge, acredito.

No nariz, aromas de frutas brancas maduras e em calda, com destaque para pêssego, melão e um certo cítrico, lembrando um maracujá mais fraquinho. O final dos aromas é envolto em uma cremosidade/untuosidade, lembrando manteiga de cacau. Em boca, sua acidez não foi tão forte quanto eu esperava, mas mostrou-se bem equilibrado. Seu final não é longo, mas é saboroso, confirmando a cremosidade percebida nos aromas.

Degustado com um queijo parmesão bem curado, foi muito bem, mas acredito que vá melhor com um prato de frutos do mar, como calamares.

É sem dúvida um vinho para ser bebido despretensiosamente, mas que não fará feio em momento algum. E o melhor é que custa em torno de 25 reais. Pareceu-me um preço justo para o que ele oferece.

Um abraço

Daniel Perches

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