Depois de um pequeno período ausente, estou de volta com toda a força. Mudança de apartamento feita, tudo (ou quase tudo) desencaixotado, é hora de voltar à boa e velha vida de degustação de vinhos.
E como hoje foi anunciado que seria o dia mais quente do ano, nada melhor do que um bom vinho branco para me refrescar. E o escolhido foi esse argentino, que já está em minha adega há algum tempo e me preocupava um pouco pela sua idade.
Felizmente, a preocupação foi embora, pois o vinho estava em ótima forma. Bem, pra ser mais sincero, diria que está em “plena maturidade”, que eu acho que cai melhor com a situação dele.
É um vinho produzido no Vale do Uco, 100% com a uva Chardonnay. Em taça mostrou um amarelo claro, quase ouro, bastante límpido e cristalino.
No nariz, logo que abri me veio um aroma forte de abacaxi, mas depois de algum tempo, mudou para maçã bem madura. Notas de borracha também apareceram.
Em boca, sobrou um pouco de álcool. Corpo médio e adstringência também média. Seu final até que não é muito curto, mas tem um leve amargor.
É um vinho para ser bebido despretensiosamente, acompanhando um peixe na grelha, daqueles feitos só com sal grosso. Acho que vai bem. Se eu tivesse um peixe aqui, faria agora para testar, mas tenho quase certeza que vai bem.
É importado pela Vinea e acredito que essa safra não esteja mais a venda. Fiquei curioso para conhecer safras mais jovens. Deve ser um vinho muito interessante quando bem jovem. Se alguém provar, por favor me conte.
Um abraço
Daniel Perches
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