Existem várias “lendas” acerca da quantidade de vinho de uma garrafa normal (750ml). Uns dizem que era o tamanho que um vidraceiro conseguia fazer com apenas um sopro. Outros, mais românticos, dizem que é a quantidade ideal para duas pessoas (afinal, o vinho é uma bebida social, e também romântica).
Independente da veracidade da história, a questão é que em algumas ocasiões essa quantidade de vinho é maior do que você pretende consumir. E aí entra a meia garrafa. Contendo exatamente metade de uma garrafa inteira, ou seja, 375ml, elas não só são charmosas, mas são muito práticas também.
Algumas ocasiões, como por exemplo, quando você é o único a beber vinho, ou está bebendo sozinho, ou até mesmo quando está bebendo em duas pessoas, mas querem somente uma taça para cada um, essa é a medida perfeita.
Mas, além disso, eu considero também outra situação, que é a possibilidade de se provar vinhos de ótima qualidade por um preço menor. Sabe aquela garrafa de Barolo que você tanto quer provar, mas que custa caríssimo? Talvez você possa fazer um investimento menor e adquirir uma meia garrafa, pelo menos para conhecer o vinho. E aí, se ele for realmente fantástico, compra a garrafa inteira.
Eu faço isso e não me arrependo. Tenho provado bons vinhos dessa forma.
Mas vale lembrar dois pontos importantes: a meia garrafa não representa metade do preço. E com razão, pois temos que considerar o vasilhame, a rolha, a cápsula, o armazenamento, etc. O preço gira sempre em torno de 60% de uma garrafa inteira.
Outro ponto muito importante é que da mesma forma que as garrafas maiores (magnum, Double magnum, etc) tem um tempo maior de envelhecimento, as menores tem um tempo mais rápido. Então se te oferecerem uma meia garrafa de um Bordeaux (mesmo que seja um de ótima qualidade) de 1991, desconfie. Eu ficaria muito preocupado ao comprar. Prefira os mais jovens.
Então se abra à meia garrafa e aproveite.
Um abraço
Daniel Perches
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