Esse vinho é produzido pela Rutini, em Mendoza, Argentina. A Rutini é uma grande produtora, que faz vinhos sensacionais. Já comentei aqui sobre alguns deles e espero comentar ainda muitos outros, pois todos são muito interessantes.
Pra começar, falemos um pouco sobre o rótulo. Com essa cor preta predominante e uma garrafa “forte”, já me chamou a atenção. Como dizem que a gente começa a comer com os olhos, isso deve acontecer também com o vinho. Já começamos a “degustar” ao analisar a garrafa.
Vinho então aberto e parti para a análise dele. Ao contrário do que eu pensava, apresentou uma coloração não muito brilhante, mostrando-se com um tom cereja escuro e fosco.
No nariz, bons aromas de cereja, tabaco, madeira seca e terra foram os observados. Vale contar que quando abri, a fruta estava muito mais presente, mas depois de algum tempo de aeração, seus aromas terciários (madeira, terra) predominaram.
Em boca foi a melhor surpresa e me fez lembrar imediatamente os outros Rutinis que eu já provei. Um vinho muito corpulento, mas ao mesmo tempo muito macio e sedoso. Novamente a sensação de ter um “vinho de algodão” na boca, que passa amaciando, acariciando e deixando seu rastro delicioso. Com um retro-gosto também muito macio e de boa persistência, o vinho mostrou todo o seu caráter e qualidade.
É um Syrah diferente dos sulamericanos em geral, que privilegiam a potência e os aromas mais ácidos. Esse tem mais classe e maciez, lembrando até os vinhos do velho mundo, numa comparação bem simples.
Sugiro acompanhar uma carne com molho suave, talvez como madeira (harmonização por sua conta e risco. Depois me conte como ficou).
Fiz um teste com queijo de cabra (que não foi muito bem) e com parmesão, que esse sim foi bem e realçou tanto o sabor do queijo quanto do vinho.
Custa em torno de 45 reais e é importado pela Zahil. Sem dúvida, um vinho que vale a pena experimentar.
Um abraço
Daniel Perches
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