Mais um vinho avaliado para a Confraria Brasileira de Enoblogs, capitaneada pelo Gil Mesquita, do Vinho para Todos. Dessa vez a escolha ficou por conta do Laercio, que escreve o site Avaliador de Vinhos.
Escolha interessante, pois como todos já sabem e devem ter vistos nas prateleiras do varejo em geral, a partir dessa safra a Miolo mudou o seu tradicional vinho de entrada, campeão absoluto de vendas. Saiu a Pinot Noir e ficaram só a Cabernet Sauvignon e a Merlot.
Sua garrafa tornou-se mais bonita também, com um rótulo branco muito bem trabalhado e uma cápsula digna de se parar um bocado para apreciar. A rolha continuou sintética, mas dá até pra entender, pois trata-se de um vinho que é feito em milhões de litros e tem como objetivo o dia a dia.
E agora falando do vinho, temos uma coloração rubi levemente translúcida e bem brilhante e límpida.
No nariz, notas de frutas vermelhas maduras, com um leve toque de álcool. Notei também um final com um leve terroso.
Na boca, um corpo médio e álcool sobrando um pouco. Seu final foi curto, deixando um leve amargor, mas com uma boa adstringência.
Eu gostava do “antigo” Miolo Seleção e acho que o Pinot Noir dava um leve toque mais macio ao vinho. Esse novo modelo privilegia a potência e força, que na minha opinião, tem mais a cara dos brasileiros. Acho que vai agradar.
E eu vou por aqui provando mais umas vezes, até me acostumar. Será que dá pra guardar aquela garrafa amarelinha que eu tenho aqui, da safra “histórica” de 2006, para a posteridade?
Um abraço
Daniel Perches
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