Sou fã da Quinta da Neve pelo seu Pinot Noir. Aliás, deixo aqui meu protesto por não conseguir mais encontrar. Ligo sempre na Decanter procurando esse vinho, mas pelo jeito parece todas as garrafas foram comercializadas, pois faz tempo que não encontro. Isso é o que dá ser um bom vinho, por um bom preço. Mas hoje falaremos do Cabernet Sauvignon deles, que também tem uma ótima qualidade. Esse vinho é produzido pela Quinta da Neve, lá em Santa Catarina. Um local muito apropriado para cultivar vinhos, que vem aparecendo como uma região muito promissora.
Na taça mostrou uma cor bastante viva e jovem, com pouco (ou quase nenhum) halo de evolução. Sinal de que o vinho pode agüentar um pouco mais, mas não saberia dizer quanto tempo. Se tivesse que dar um palpite, diria que mais um ou dois anos, no máximo.
No nariz, o aroma de madeira prevaleceu sobre os outros, que também vieram timidamente (frutas vermelhas e uma leve especiaria).
Na boca, o álcool apareceu um pouco, mas sem incomodar. Um final não muito longo, mas já bem macio. Depois de algum tempo, aparece um leve adocicado, lembrando até (de longe) os vinhos chilenos.
Resumindo, o vinho é bom e tem potencial. Como era de se esperar, seus aromas lembram muito os outros (bons) vinhos nacionais. De certa forma é um bom sinal, pois mostra que temos um bom terroir.
Esse vinho é vendido em São Paulo pela Decanter, mas também se encontra em diversas lojas e varejos. Custa em torno de 40 reais. Um preço justo, mas não posso deixar de comentar que se custasse menos, eu o colocaria como “best buy” sem sombra de dúvida. Quem sabe os produtores e comerciantes não nos lêem e não pensam nessa idéia, não é mesmo?
Um abraço
Daniel Perches
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