Eu confesso: sou fã do Catena. Acho até interessante ler algumas críticas a ele na internet. Acho sempre que é dor de cotovelo. Nunca vi um produtor de peso, de Bordeaux, por exemplo, falar mal dele (aliás, eles não falam mal de ninguém, né?).
Enfim, conheci esse produtor pela Mistral, que é pertinho da minha casa, aqui em São Paulo. Que sorte, né? Dá pra ir à pé. E ir à Mistral e não comprar um Catena é como ir à Roma e não ver o Papa, como dizem por aí.
Esse DV Cabernet estava em minha adega há mais de um ano esperando para ser aberto. Finalmente chegou a vez dele. Pra acompanhar, um bom molho ao sugo, de uma padaria aqui pertinho também, que eu vou contar pra vocês em breve.
Mas vamos ao vinho e antes de mais nada, tenho que falar pra vocês que se querem um bom argentino, podem comprar qualquer um do Catena. A linha DV, que tem Cabernet-Cabernet, Syrah-Syrah, etc (sempre duas uvas, mesmo que sejam as mesmas), pra mim, tem um ótimo custo x benefício.
Esse Cabernet tem uma coloração já atijolada, com um bom halo de evolução e lágrimas lentas e coloridas. Mas ainda assim é um vinho bem vivo e que poderia ficar mais algum tempo guardado.
Aromas? Muitos! Desde grama verde, passando por geléia de ameixa, caixa de charuto, madeira molhada… Enfim, dava pra ficar horas inalando aqueles ótimos aromas.
Sugiro decantar por um tempo. Depois de alguns minutos (talvez uns 30min) ele apresentou um aroma de groselha muito forte e muito prazeroso.
Em boca, tem um bom corpo e taninos muito macios, deixando um final longo e prazeroso. É um vinho que pode ser tomado em ocasiões especiais e não vai fazer feio.
Custa em torno de R$ 75,00, mas vale a pena mesmo. É um vinho memorável. Um dos ícones argentinos, sem dúvida.
Ah, o prato foi um nhoque de mandioquinha ao molho sugo, da Padaria Italianinha, que como disse acima, é muito bom e vai merecer um post. Em breve aqui. Aguardem.
Abraços
Daniel Perches
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