Conforme prometido, coloco aqui as impressões sobre os espumantes Cave Geisse que foram degustados no encontro Enoblogs. É importante ressaltar que Cave Geisse é a linha mais top dos espumantes fabricados pela Cave de Amadeu.
São todos feitos pelo método Champenoise, com um bom tempo de autólise (cada produto tem o seu tempo específico, mas pelo menos 6 meses eles ficam lá na cave, só sendo girados).
Todos são muito bons, sendo que a estrela da cave é o Nature Terroir, que eu vou contar um pouco mais abaixo.
Cave Geisse Rosé
Feito com 100% de Pinot Noir , tem uma coloração salmão claro, bem interessante. No nariz, pude notar aromas de morango, cereja e um leve pão torrado (ou fermento).
Na boca tem uma boa cremosidade e eu achei mais agradável, pois não é tão doce quanto o Cave de Amadeu Rosé. Esse tem 8g/litro de açúcar em sua composição (contra 12g do Rosé)
Cave Geisse Nature 2005
Esse espumante tem um fator interessante, que é a ausência de licor de expedição e (claro) zero de açúcar.
Feito com Chardonnay e Pinot Noir, tem uma cor parecida com o anterior, mas um pouco mais clara. No nariz saltaram aromas de damasco fresco, aquele pêssego bem branquinho e um pouco de abacaxi.
Na boca, tem uma ótima cremosidade e uma excelente acidez. Seu final é macio e persistente. Um ótimo espumante.
Cave Geisse Brut
Esse tem a mesma composição do Nature (acima), mas a diferença é que tem licor de expedição. Isso nota-se claramente já no nariz, pois os aromas tornam-se mais doces, mas também muito agradáveis. Senti aromas de frutas brancas mais maduras, principalmente de pêssego.
Em boca não fica devendo nada ao Nature. Mesma cremosidade e acidez. Seu final é um pouco mais doce (como era de se esperar), mas vai agradar até aos paladares mais acostumados aos espumantes mais secos
Cave Geisse Nature Terroir 2003
Como falei no começo, esse foi o campeão do dia. Um espumante pra deixar qualquer um de queixo caído. Elaborado com 62% de Chardonnay e 38% de Pinot Noir (vejam a precisão do corte), tem uma perlage muito fina e persistente. Ficou um bom tempo na taça e não parava de subir bolhinhas… Fantástico.
No nariz, o primeiro aroma foi o fermentado, típico inclusive de Champagnes. Alguns aromas mais cítricos também tiveram a sua vez, mas sempre como coadjuvantes.
Em boca, ótima cremosidade e final muito macio e saboroso. Um espumante realmente muito bom e de ótima qualidade. Esse é um que vale a pena ter em casa para momentos especiais.
Só pra constar (pois os detalhes virão em outro post), ainda tivemos a degustação do El Sueño, um Carmenere feito no Chile pelo Sr. Mario Geisse e pra terminar, um espumante Moscatel.
Após conhecer a linha de espumantes da Cave de Amadeu (Amadeu e Geisse), posso dizer que recomendo fortemente para quem procura um bom produto nacional.
Um abraço
Daniel Perches
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