Os espumantes (e claro, os Champagnes) sempre são envoltos em um imaginário de romance, festa e principalmente de classe e requinte.
Sim, é verdade que eles são presença garantida em festas chiques, mas não é verdade que precisamos gastar muito para beber bons espumantes e muito menos que se bebermos um Champagne muito caro, seremos chiques. Recentemente, um colega de trabalho me contou que estava em uma festa na casa de amigos quando, depois de beberem muitas garrafas, resolveram abrir uma Don Perignon safrada (que deve valer em torno de R$ 2.000). E quando perguntei o que tinha achado daquele champagne excepcional, ele me disse que “não lembrava direito, mas acha que não gostou”.
Enfim, desperdícios à parte, hoje abri uma garrafa de um espumante conhecido em muitos países e que já passou até pela Formula 1. Esse é produzido na Argentina, feito com Chardonnay e Pinot Noir e fermentada pelo método Charmat.
Uma cor palha e perlage pouco persistente já demonstraram menos intensidade do que eu estava esperando.
No nariz teve um leve aroma de pêssego, mas o que mais se ressaltou foi o fermento, que até me deixou um pouco mais animado. Em boca, não tinha a acidez que eu imaginava e nem a persistência necessária.
É um bom espumante, mas felizmente temos vários nacionais que são muito mais bem elaborados e com qualidade muito superior a esse. Esse eu ganhei, mas se fosse comprar, com certeza preferiria um nacional na mesma faixa de preço. Sabemos que hoje estamos com uma qualidade muito alta na fabricação de espumantes e sinceramente acho que a gente deveria prestigiar mais essas caves, que estão fazendo um ótimo trabalho.
Bem, é isso por hoje. Bom espumante, mas os hermanos que nos desculpem, mas nessa área, somos muito melhores! 🙂
Abraços
Daniel Perches
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