Você está num jantar harmonizado, que teve uma entrada leve com um vinho branco, um prato principal com um bom tinto (dependendo do prato, foi até encorpado) e então vem a sobremesa. E o que trazem para você beber com aquela torta de frutas com calda vermelha? Uma tacinha de um vinho meio licoroso… É o tão famoso vinho de sobremesa.
Os vinhos de sobremesa são feitos (geralmente) com as mesmas uvas que fazem os brancos e tintos, mas elas são colhidas tardiamente. Alguns produtores até deixam elas caírem do pé e passarem um ou dois dias no chão, “passificando”… Isso faz com que a uva produza mais açúcar e o vinho fique mais doce.
Alguns vinhos não ficam passificando, mas são “botrytizados”. Isso quer dizer que eles foram atacado por pela Botrytis cinerea, um fungo que, ao contrário do que podemos imaginar, não estraga a uva, mas deixa ela também com um teor licoroso, delicioso. É chamada de “podridão nobre” (dá pra imaginar?).
Os vinhos de sobremesa mais famosos são os Souternes de Bordeaux, os Tokajis, ou Tokays, da Hungria e os vinhos do Porto.
Esses têm em geral uma vida longa, podendo ser guardados por décadas (e ficam até melhores). Mas a gente consegue encontrar também vinhos bons e acessíveis, até nacionais, de sobremesa. Vale a pena experimentar, principalmente com doces.
Em outro post falaremos sobre harmonização de vinhos de sobremesa. Por enquanto ficamos só na entrada…
E você, conhece algum vinho de sobremesa bom? Manda pra mim!
Um abraço
Daniel Perches
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