Eu não sei (e sinceramente não quero saber) o que a Salton tem de segredo para fazer um bom Pinot Noir com um preço tão acessível. Lembro-me como se fosse hoje do finado (RIP) Volpi Pinot Noir. Pra mim era um vinho divisor de águas. Vi gente “grande” do vinho cair por ele, sem saber que se tratava de um vinho brasileiro, relativamente “simples”.
Para mim, nem o Volpi e nem o Paradoxo Pinot Noir, esse que eu bebi novamente agora e que é feito com uvas da Campanha Gaúcha (na fronteira com o Uruguai) são simples. São vinhos autênticos e que tem uma característica que para mim é fantástica: eles agradam a maioria.
E para mim, o Paradoxo Pinot Noir é um dos melhores dessa uva produzidos no Brasil. Tem aromas leves, fáceis de identificar, taninos bem macios que fazem com que você possa combinar com várias comidas (desde uma asinha de frango bem temperada até um atum selado com aquela crosta de gergelim). Dá para beber ele na temperatura de tintos (18oC), mas eu gosto mesmo é de deixar ele um pouco mais gelado, com uns 13oC. Aí pego a garrafa, duas taças, convido a minha esposa para nos sentarmos e vermos o por-do-sol lá em casa e pronto. A festa está feita. E que festa.
Se puder, tire pouco mais de R$ 50 para comprar uma garrafa desse vinho e depois me conte se não vale a pena.
Um abraço
Daniel Perches
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