O Caballo Loco é um projeto da Valdivieso que pode certamente ser considerado único no mundo. Fruto da ideia de seu proprietário, ele criou um vinho que não tem safra, não tem denominação de origem, uvas declaradas ou qualquer outro tipo de convenção que norteia a nossa degustação. A única coisa que ele tem é um número. O Caballo Loco No 1 começou em 1990, e a partir daí, cada novo número contém 50% de um novo vinho e 50% do vinho anterior. Estamos hoje no Caballo Loco No 15, o que significa que 50% do vinho “antigo” contém 14 safras misturadas. Loucura, não?
E o vinho é realmente muito bom. Eu provei há algum tempo o Caballo Loco No 13 e gostei muito dele. Recentemente estive em uma degustação vertical e pude provar o No 2, o No 4, o No 7, o No 10 e o No 12. Foi muito interessante ver como eles realmente são vinhos longevos e que não perdem a qualidade ao longo do tempo. Desses todos que eu provei, o que mais me agradou foi o No 2, que para mim estava já evoluído, mas ainda bem vivo. Outro muito interessante foi o No 12, que neste número teve uma quantidade maior de Cabernet Sauvignon, ficando bem elegante e macio.
Se puder provar, verá que é realmente bacana, além de ter uma excelente história. Agora eles lançaram também uma linha de “Grand Crus” que você pode ver neste link do site da Ravin. O que eu mais gostei foi o Sagrada Familia, que mescla muitos aromas de frutas, madeira molhada, terra e um toque de chocolate bem integrados.
O pessoal me falou que existem muitos colecionadores de Caballo Loco. Eu acredito. Se você ainda não começou a sua coleção, talvez possa fazer isso agora, a partir do No 15.
Um abraço
Daniel Perches
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