Quando eu comecei a me interessar por vinhos, foi porque eu passei a atender a conta publicitária da Vinícola Salton. Tive que entender mais de vinhos, pois eu tinha que pensar nas campanhas para divulgar os produtos deles. Aí a paixão despertou e eu quis me aprofundar. Me recomendaram fazer cursos e em paralelo eu comecei o meu blog, que hoje já tem mais de 4 anos de atividade. Fiz cursos na ABS, na WSET e na FISAR. E durante todo o tempo (e até hoje) me deparei com as pontuações dos grandes críticos e sempre achei que deveríamos avaliar aquilo com muita cautela.
Se o Robert Parker deu 90 pontos para um vinho espanhol, o que isso realmente significa. Bem, primeiro de tudo, você sabe quem é Robert Parker? E o mais importante, será que você tem o mesmo gosto que ele? E será que os “90 pontos” são tão importantes para ele quanto são para você?
Eu acho que não. E acho que podemos ler o que eles nos dizem, afinal de contas eles provam muitos vinhos bons e me interessa muito saber se a safra deste ou daquele grande Chateau está boa (caso eu pretenda comprar, é claro), mas só isso. Eu prefiro acreditar no meu próprio gosto. Prefiro descobrir os meus vinhos, de acordo com o meu paladar e com as minhas experiências. É fato que eu me ferro às vezes, mas tudo bem, aí eu bebo o vinho e aprendo com isso e depois não repito mais a má experiência.
Seguir religiosamente pontuações é ficar cego diante de uma infinidade de outras formas que o vinho nos oferece de se mostrar.
Sinceramente, eu estou muito mais interessado nas descrições que têm alma, que vêm com história, que me envolvem. As descrições técnicas, essas eu deixo de lado. Descrever os aromas é fácil. Isso eu consigo (e tenho certeza que você também consegue). Entender o vinho é que é o grande lance.
Ah, e dos “pequenos críticos” que dão nota, desses eu não quero nada não. Acho que eles só vivem imitando. Prefiro a originalidade. Sugiro que você também siga o seu próprio caminho. Sem dúvida vai ser muito mais divertido.
Um abraço
Daniel Perches
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