Com essa história de Ano da França no Brasil, estamos tendo a oportunidade de provar mais vinhos franceses. Alguns muito bons, outros nem tanto. Ou você acha mesmo que só porque a França é o país que produz mais vinhos, lá só vai ter vinho bom? Bem que poderia ser.
Levado por essa “onda francesa”, provei esse tinto da Sorin e não me arrependi. O vinho é bem interessante e pela sua composição de castas, traz aromas diferentes dos que estamos acostumados a beber no dia-a-dia.
É composto de 60% Syrah, 30% Mourvèdre e 10% Carignan e foi interessante porque ao me servir, o Sommelier me “desafiou” a descobrir as uvas que compunham o vinho. Eu consegui descobrir a Mouvedre e a Carignan, mas a Syrah, que é o que mais tem, eu não consegui distinguir. Mas é que essas duas que eu identifiquei tem aromas bem característicos.
Tem uma coloração bem escura e um bom halo de evolução. Suas lágrimas são lentas e elegantes, escorrendo tranquilamente pela taça, pintando-a levemente.
No nariz tem aromas de frutas como groselha e ameixa já passada. Notas de especiarias indianas aparecem forte, sendo completada por aromas terciários de pelo molhado de animal.
Em boca é bem denso e potente, mas bem harmônico. Seus aromas ficam mais evidentes ao se manter um pouco na boca. Seu final é longo e persistente.
É um bom exemplar de Côtes de Provence, que tem um preço acessível (o que nem sempre encontramos por aí para vinhos dessa região). Custa aproximadamente R$ 160,00.
Eu gostei bastante do vinho. Ele foi degustado sozinho, mas deve sair-se melhor ainda com comida. Carnes temperadas e molho madeira por exemplo devem se sair bem com esse vinho. Espero que da próxima vez que for desafiado, eu consiga reconhecer todas as uvas, principalmente a que tem mais percentual no vinho…
Abraços
Daniel Perches
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