Podem falar o que quiserem sobre os vinhos do Esporão, menos que eles não têm caráter. Pelo menos pra mim isso aparece como uma característica muito forte em todos os vinhos que eu já provei deles. E o Monte Velho não foge à regra: produzido com as castas Trincadeira, Aragonêz e Castelão no Alentejo, o vinho que passa um pequeno tempo por madeira mostrou aromas de muita fruta madura, com destaque para as negras como amora e um leve toque de cereja. Na boca tem tanino pra dar e vender, mas a acidez dele, que é alta também, compensa a sensação e faz com que você tenha um vinho que deve combinar muito bem com carnes bem condimentadas ou gordurosas. Uma leitoa assada deve combinar.
Eu provei o vinho com alguns queijos defumados (e claro, o bom e velho Gouda francês que eu sou fã) e deu certo, mas o vinho ainda ganhou um pouco. Acho que vale a tentativa de harmonização.
Eu só não gostei muito do rótulo, que eu acho que merecia uma reformulação. Com um preto de fundo, me pareceu sem muito apelo, mas o conteúdo compensa.
Esse é importado pela Qualimpor aqui no Brasil.
Um abraço
Daniel Perches
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