Alô pessoal 50+ que curte viajar. Que tal a Nova Zelândia?

Um país que encanta pelas belezas naturais, mas também pela cultura e gastronomia, a Nova Zelândia pode ser a pedida certa para os turistas com mais de 50 anos que estão aguardando o momento certo para viajar, assim que houver mais segurança diante da pandemia da Covid-19. Cheio de vitalidade e com uma expectativa de vida bem mais ampla do que há algumas décadas, esse público encontrará uma ampla variedade de opções no país de cultura Maori. Confira abaixo algumas das atrações que se destacam em um roteiro para os 50+.

Vinhos refrescantes e puros

Para quem ama a gastronomia, um dos maiores destaques da Nova Zelândia são os seus ótimos, reconhecidos e apreciados vinhos. Nenhum lugar por ali fica a mais de 130 km de distância do mar e a proximidade dos vinhedos do oceano resulta em vinhos vivos e com uma mineralidade inconfundível. A latitude do país fez com que fosse criado o slogan “vinhos de clima frio”, que se traduz em vinhos refrescantes, delicados e frutados. O clima em sua maior parte é ensolarado, com verões e outonos suaves e longos. As diferenças marcadas entre as temperaturas do dia e da noite, em muitas regiões, desaceleram o amadurecimento das uvas e permitem o desenvolvimento de sabores puros, intensos e variados.

O solo neozelandês, de origem sedimentar com subsolos de boa drenagem e camadas que variam entre argiloso, pedregoso e arenoso, fornece a base da elegância e do poder de seus vinhos. Isso ajuda a explicar seu reconhecido equilíbrio, estrutura e harmonização com pratos diversos. Um dos vinhos mais festejados da Nova Zelândia é o Sauvignon Blanc, que representa mais de 85% das exportações destas bebidas no país. Embora o Sauvignon Blanc seja cultivado nas 11 regiões vinícolas da Nova Zelândia, a província de Marlborough é seu ‘’coração’’ indiscutível. Localizada no nordeste da Ilha do Sul, onde amplas planícies aluviais surgem da costa e são protegidas por cadeias de montanhas, a longa e constante estação de cultivo de clima frio de Marlborough gera Sauvignons com aromas impressionantes, características frutíferas distintas e extraordinária pureza e intensidade de sabores.

Já em Hawke’sBay são famosos vinhos tintos robustos (Merlot, Cabernet Sauvignon e Syrah) e brancos encorpados (Chardonnay).  Em Waikato, que tal degustar um vinho Pinot Noir ou Sauvignon Blanc enquanto passeia pela vila de Hobbiton, palco da trilogia Senhor dos Anéis? Outras regiões famosas pelas aprazíveis vinícolas são Northland, a ensolarada Nelson, Otago e Canterbury.

Vinhedo em Hawke´s Bay

Vinhedo em Hawke´s Bay. FOTO/Divulgação

Restaurantes badalados, frutos do mar, culinária Maori e muito mais

E quem disse que a Nova Zelândia também não tem culinária atrativa? Por lá, uma das estrelas é Josh Emett, chef que está à frente dos badalados restaurantes Ostro, Onslow e Ortolana, todos em Auckland. A culinária dos Maori, povos indígenas que ocupavam a Nova Zelândia antes da colonização inglesa, também atrai a atenção por sua singularidade. Com o objetivo de valorizar os recursos comestíveis locais e manter a memória ancestral viva, o movimento Eat New Zealand permite aos turistas montarem um itinerário gastronômico que contempla todas as regiões do país.

Por se tratar de um território cercado pelo oceano, os pontos fortes da culinária do país não poderiam deixar de incluir frutos do mar (como os mexilhões de lábios verdes da Nova Zelândia), lagostim, ostras de Bluff e peixes frescos. Mas outras carnes advindas da caça, como o cordeiro, também fazem parte do cardápio. Uma das experiências mais marcantes da viagem pode ser o tradicional Maori hāngī (forno de terra), um método de cozimento centenário concebido para alimentar toda a comunidade. O resultado desse processo é uma carne macia e vegetais deliciosos.

Para conhecer essa tradição, vale um passeio em Rotorua, na Ilha Norte, região rica em cultura e herança maori, onde as propriedades geotérmicas únicas da área proporcionam aos iwi (tribos locais) que tenham essa maneira única de cozinhar – em vapor termal natural e água.

Prato de comida com carne e salada

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Frutos do mar e culinária saborosa. FOTO/Divulgação

Pessoas em pé em frente a água

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Refeição tradicional Maori em Te Puia, Rotorua FOTO/Divulgação

 

Piscinas naturais aquecidas, cachoeiras, spas e retiros no campo

Além da boa gastronomia e dos vinhos, a natureza exuberante convidará os turistas de 50+ a uma imersão. A Nova Zelândia está localizada no encontro de duas placas tectônicas, o que causa uma grande quantidade de atividade geotérmica, permitindo que a água morna borbulhe através da crosta terrestre, formando piscinas aquecidas, cujas águas geralmente contêm minerais dissolvidos das rochas por onde passam. Essas famosas piscinas termais de água mineral podem até ter propriedades medicinais. Por tudo isso, muitas destas termas foram transformadas em ‘day spas’.

Na Ilha Norte, em Rotorua, uma cidade construída no alto de uma zona vulcânica ativa, quase todos os spas e outros estabelecimentos hoteleiros oferecem piscinas termais privativas. Lake Taupo é o lar de uma grande variedade de piscinas aquecidas naturalmente. Um dos locais favoritos dos turistas, Taupo DeBretts Hot Springs  oferece piscinas aquecidas cobertas e ao ar livre. 

A Península de Coromandel oferece piscinas esculpidas e cascatas suaves emolduradas por mata nativa. Descendo pela costa de Whitianga, está Hot Water Beach, onde a água aquecida borbulha através da areia e onde, durante a maré baixa,  é possível cavar sua própria piscina termal.

Homem com a mão na areia da praia

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Hot Water Beach e suas piscinas na praia. FOTO/Divulgação

As maiores cidades da Nova Zelândia oferecem luxuosos spas que são um complemento ideal para as férias dos 50+. Há também retiros tranquilos no campo ou nas profundezas da floresta que combinam terapias relaxantes com paisagens pitorescas.


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