Quando eu viajo para fora do país, eu sigo a “cartilha do bom enófilo” e fico de olho nas boas barganhas que consigo encontrar lá que não conseguiria ter aqui ou que seriam muito mais caras no Brasil.
Comprar vinho que já é barato lá fora é bobagem. Vou economizar uma mixaria que não compensa o peso na mala. Por isso eu procuro comprar alguns que sejam mais especiais, sempre dentro do meu orçamento.
E numa de minhas andanças em uma viagem na Itália, eu encontrei um Sassoalloro 2000. Esse é um supertoscano produzido pelo Biondi Santi, um dos grandes nomes da região (e do mundo do vinho). Para se ter uma idéia, no Brasil a Mistral, que é a importadora, está trazendo a safra 2009.
Não tive dúvidas e comprei o vinho. Cheguei, mandei ele para a adega e deixei esperando o dia “especial” para abrir. E o dia foi quando meu amigo Alexandre trouxe o vinho dele, também da safra 2000, de um produtor também conhecido, o Badia a Passignano, do Antinori. Pronto, cenário perfeito para termos um dia com dois vinhos fantásticos e passarmos muito bem.
É, seria, se não fosse pelo detalhe do Sassoalloro estar praticamente morto. Pois é amigos, esse vinho que é uma delícia quando novo (eu provei a safra 2008 e fiquei encantado), depois de alguns anos parece que não aguenta o tranco.
Podemos dizer que pode ter sido o armazenamento, o tempo, a garrafa… É, pode ser que eu tenha dado azar. O que é fato é que meu Sassoalloro estava morto, eu fiquei decepcionado e isso só me ajudou a repensar todos os vinhos que tenho guardados que precisam ser abertos.
Sugiro pensarem também. Talvez estejam guardando peso morto em suas adegas.
Um abraço
Daniel Perches
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