Uns dizem que a uva brasileira é o Merlot. Outros dizem que são os espumantes em geral, mas eu acho mesmo é que esse negócio de uva símbolo ainda precisa de muita história aqui para podermos dizer qual é. Ainda somos muito “jovens” na cultura do vinho para cravar uma casta assim.
E prova disso é o Tannat do Antonio Dias. Produzido na região do Alto Uruguai, no Rio Grande do Sul (não fica perto do Uruguai. É só o nome), é um vinho fantástico, que já arrancou elogios de muita gente e vem conquistando público sempre que degustado.
E não é para menos. O vinho realmente é bacana. No nariz combina aquele toque terroso com umas ervas, frutas vermelhas e um pouco de chocolate. Na boca é potente, mas não é muito agressivo, como os Tannat’s podem ser.
Esse eu provei com um queijo parmesão, mas não deu muito certo. O vinho passou por cima sem dó e só ficou o sabor do vinho no final, nem parecendo que eu tinha comido o queijo. Talvez realmente precise de algo mais forte como uma carne mais gordurosa e aí os cortes argentinos entram perfeitamente (e não é para menos, não é mesmo?).
Então está decidido: não vamos fechar ainda em uma uva emblemática, mas vamos também considerar a Tannat. Não vai ser a principal, mas não é para se deixar de fora do jogo.
Um abraço
Daniel Perches
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