Se tem algo fascinante no mundo dos rosés (tanto vinhos quanto espumantes) é a quantidade de cores que podem ser formadas. Desde as mais claras, encontradas em geral nos rosés da Provence até as mais intensas, vistas nos espumantes e rosés do Novo Mundo há uma variação enorme.
E isso foi o que me chamou a atenção logo de cara ao receber a minha taça da Taittinger Rosé Cuvée Prestige Brut. Se eu fosse usar as definições que aprendemos em nossos cursos, eu diria que tem coloração clara, com um rosado leve, tendendo para o que a gente chama de “casca de cebola”. Mas eu gosto mesmo de usar uma outra, que é “cor de alegria, de vivacidade, de delicadeza”.
A Brut Rosé da Taittinger é assim: delicada e elegante e não só na cor, mas nos aromas e na boca também. Com toques de frutas vermelhas bem leves e delicadas, forma um bouquet no nariz que se completa com toques de fermentação. Nada muito forte ou demasiado doce.
Na boca a elegância continuou, com um toque leve de frutas vermelhas que harmonizaram perfeitamente com um “Cordeiro de 6 horas” lá do la Brasserie de Erick Jacquin, um restaurante francês de ótima qualidade de Sã Paulo. O cordeiro estava desmanchando no prato e a harmonização foi de tirar o chapéu e mostrou mais uma vez que um bom champagne acompanha sim toda a refeição. Nesse dia, além desse belo cordeiro provei também um salmão e vieiras que foram muito bem feitas, daquelas que quando você come e bebe junto, tudo fica melhor.
Se for arriscar harmonizar uma refeição com a Taittinger Rosé Cuvée Prestige Brut, não se preocupe. A chance de dar certo é grande.
Ah, caso você goste de saber sobre as uvas, essa é feita com Pinot Noir, Pinot Meunier e Chardonnay. O segredo está na forma e no tempo de utilização das cascas das uvas Pinot Noir, que passam pouquíssimo tempo em contato com o mosto durante a fermentação. Coisa de gente perfeccionista.
Um abraço
Daniel Perches
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