Gosto muito de Petit Verdot. É uma uva que tem algumas características que me encantam e que sempre que posso, provo vinhos feitos com ela.
E foi na minha viagem ao Uruguai, em Novembro/2011, que eu estive na Pisano (relembre aqui o post sobre a Pisano) e pude provar o RPF Petit Verdot 2008. RPF significa Reserva Pessoal de Familia e é uma das linhas deles.
Esse é daqueles vinhos que, mesmo que você não seja um apaixonado pela Petit Verdot como eu, nunca vai passar despercebido. Tem uma cor muito intensa, intransponível (e não é por ser ainda “jovem” não. Ele é intenso mesmo). No nariz os aromas aparecem com muita força, mas ao mesmo tempo com certa elegância. É um misto de frutas negras, chocolate e um toque de pimenta que é algo que também caracteriza a Petit Verdot. Tudo muito bem integrado com o aroma de barrica que aparece também.
Na boca é impressionante. Ao mesmo tempo que é intenso, com taninos presentes, é macio e sedoso, deixando um toque final até levemente adocicado. Quando provei o pessoal abriu a garrafa na hora e bebemos imediatamente, sem decantação. Não saberia dizer se ele evoluiria mais ainda com um tempo no decanter. É testar para ver, mas só se você quiser fazer experiências, porque não precisa.
Harmonizar comida com esse vinho não é fácil, principalmente pela sua intensidade. Tentamos com uma carne da parrillada uruguaia. Foi bem, mas eu ainda acho que precisava de um pouco mais de gordura.
Se você encontrar uma boa harmonização, me mande. Quero saber tudo o que puder sobre a Petit Verdot.
Um abraço
Daniel Perches
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