Desde que a Almadén foi vendida para a Miolo (no final do ano passado), a empresa vem passando por algumas reformulações. Uma delas, a mais visível para nós consumidores, é a sua “roupagem”. Seus rótulos mudaram e na minha opinião, ficaram melhores.
Eu já estava querendo provar o Riesling produzido por eles há algum tempo, e quando vi que esse era da safra de 2010, não tive dúvidas. Comprei na hora e voltei pra casa cheio de curiosidade. E um detalhe importante: é o primeiro vinho da safra de 2010 que eu estou provando.
Segundo fontes confiáveis, a plantação de riesling no Brasil foi muito reduzida há alguns anos, dando lugar à Chardonnay, que estava mais “ao gosto dos brasileiros”. Uma pena, na minha opinião. A Chardonnay é uma ótima uva, mas a Riesling também tem atributos muito interessantes. Ficamos então com poucos exemplares nacionais feitos com essa varietal.
Mas vamos ao vinho então: com uma coloração palha bem clara, apresentou-se muito límpido e brilhante.
No nariz os aromas ainda eram um pouco tímidos, mas tendendo para as frutas brancas como pêra e melão, passando por toques cítricos e com um leve toque adocicado no final.
Em boca mostrou uma ótima acidez e frescor. Seu final não é dos mais longos, mas é bem correto.
É um vinho que custa em torno de 15 reais e me parece uma ótima opção para o dia a dia, principalmente em dias quentes, para ser bebido antes de uma refeição, acompanhando saladas e petiscos, mas pode ser também um ótimo companheiro para um peixe frito, por exemplo.
Parabéns para a Almadén pelo seu vinho correto e justo. Continuem utilizando essa fórmula e a cada dia teremos mais consumidores “migrando” para o vinho.
Um abraço
Daniel Perches
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